sábado, 8 de março de 2008

Sou uma pessoa priviligiada

Esta semana recebi uma mensagem que me impactou profundamente. Fui transportada ao
anfiteatro da vida real. Assisti atenta às atrocidades causadas pelo homem à crianças de sua própria espécie! E ao mesmo tempo me voltava para o grande teatro dentro de mim, onde minhas acções e palavras encenavam um ideal de vida irreal. Farta e cansada de palavras,ou de uma feira de vaidades... com uma triste ausência de amor,

Imagens como estas me chocaram bastante:












































Se você não sabe, agora mesmo enquanto você lê este texto, crianças entre 4 e 6 anos, provenientes de famílias afegãs refugiadas da guerra civil, estão sendo submetidas a um trabalho desgastante que consiste em virar tijolos para que sequem mais rapidamente ao sol. O peso das crianças permite que elas realizem seu penoso trabalho sem amassar os tijolos.










Num aterro sanitário da capital hondurenha, crianças e abutres disputam as sobras de lixo que encontram, tentando encontrar algo que possa ser comido ou vendido:









Em São Vicente, Colombia, uma criança aguarda o próximo cliente. Milhões de crianças são vítimas de exploração sexual em todo o mundo. A cada ano, um milhão e duzentas mil crianças são vítimas de tráfico e venda. Apenas no Brasil, cem mil meninas são submetidas à prostituíção. O filme Anjos do Sol aborda a cruel realidade que cerca o tema. Dentre tantas histórias tristes, está a da pequena menina apelidada de R$0,50, por ser este o preço que cobra por programa:








Congo, África Central

A avó de Chantis Tuseou, de nove anos de idade, estende a mão para a sua neta, gravemente desnutrida, que aguarda atendimento num posto de saúde nos arredores de Kinshasa. Estima-se que 55% das mortes de crianças no mundo, estão associadas a desnutrição, a fome que delibita lentamente:












A Organização Mundial de Saúde estima que 10 milhões de crianças estão vivendo nas ruas do Brasil, muitas delas tem laços familiares, mas passam a maior parte do tempo nas ruas, pedindo esmola, vendendo coisas de pouco valor, engraxando sapatos, limpando vidros de carros e, não raro, se envolvem em pequenos furtos. Outras vivem de fato nas ruas, dormindo em prédios abandonados, debaixo de pontes e viadutos ou em parques públicos. A maioria dessas crianças abusa da drogas, que as ajudam a matar a fome, a se aquecer e a fugir da realidade.

Que tipo de droga estamos tomando para nos esquivar dessa triste realidade?







Minha esperança é que, assim como essas imagens e fatos me reabilitaram, você também seja despertado e se torne sóbrio para mudar essa realidade. Quando alguém pergunta: “Se Deus existe, por que existe tanta maldade, fome e pobreza no mundo?” . Não é vergonhoso que nós, que somos a resposta, estejamos omissos e indiferentes?

“O oposto de amor não é o ódio, mas a indiferença!” (Érico Veríssimo)