sexta-feira, 18 de abril de 2008

Eros e Psique

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

Fernando Pessoa


e o vídeo... que espectáculo!

domingo, 13 de abril de 2008

Quinta do Bill - Única das Amantes



...a terra dos amantes por natureza é Sintra... e de Portugal vai ser um dos pedaços a que vou querer voltar sempre! Saudades de Sintra... tenho-as sempre!


A minha homenagem é para a Rosarinho que me deixou entrar neste mundo de paz e tranquilidade! Bem hajas sempre! Abraços!

domingo, 23 de março de 2008

Dead Can Dance -The Host Of Seraphim




Torna-se asustador pensar que não é apenas nestes sítios que há este tipo de miséria.. mesmo ao nosso lado, um vizinho insuspeito passa necessidades inimagináveis. E nós o que fazemos? Seguimos indiferentes na nossa soberba nojenta...

Eu faço o que posso e vocês têm de alguma forma a consciência tranquila?

Em dia de Páscoa todo o meu afecto para quem do nada faz milagres! Tenho a certeza que era isto que Jesus Cristo apregoava...

...as lágrimas caem sem parar, mas o mundo não vive das lágrimas e sim de actos!

Quem sou?



[Patricia Montenegro]

Quer saber quem sou?
É fácil!!!
Observe o dia nascer,
e toda a esperança que ele traz,
Sinta o vento acariciar seu rosto,
como o mais doce beijo,
Ouça o canto dos pássaros,
e toda a ternura nele contido,
Sinta o perfume das flores,
e todo frescor que elas trazem,
Olhe para o céu,
e busque a lua bela e suas diversas fases,
que trazem todo o meu mistério,
Olhe o brilho de cada estrela,
que revelam o segredo do meu olhar,
Encontre-me no sorriso de uma criança,
que revelam minha alma menina,
Sinta o sol aquecer seu corpo,
que traduz toda a minha sedução,
Apenas não busque explicações,
Pois sou pura emoção,
muitas vezes contradição,
Amor em forma de explosão,
lágrima e sorriso em comunhão,
E esqueço a chamada razão,
em nome da paixão,
Sigo somente meu coração,
E você já sabe quem sou?
Então olhe em meus olhos,
e toque em minhas mãos,
sinta todo o meu calor,
E descubra que sou tão somente,
Uma mulher,
Que ama e quer ser amada...


[Patty_p.a.z..sempre]

Rio de Janeiro, 07-03-08 - 21:31 horas


visitem: www.patriciamontenegro.com.br ela bem o merece!!!



uma música para fazer vibrar os sentidos: tango flamenco-armik apenas para quem tem alma, os outro abstenham-se!

sábado, 8 de março de 2008

Sou uma pessoa priviligiada

Esta semana recebi uma mensagem que me impactou profundamente. Fui transportada ao
anfiteatro da vida real. Assisti atenta às atrocidades causadas pelo homem à crianças de sua própria espécie! E ao mesmo tempo me voltava para o grande teatro dentro de mim, onde minhas acções e palavras encenavam um ideal de vida irreal. Farta e cansada de palavras,ou de uma feira de vaidades... com uma triste ausência de amor,

Imagens como estas me chocaram bastante:












































Se você não sabe, agora mesmo enquanto você lê este texto, crianças entre 4 e 6 anos, provenientes de famílias afegãs refugiadas da guerra civil, estão sendo submetidas a um trabalho desgastante que consiste em virar tijolos para que sequem mais rapidamente ao sol. O peso das crianças permite que elas realizem seu penoso trabalho sem amassar os tijolos.










Num aterro sanitário da capital hondurenha, crianças e abutres disputam as sobras de lixo que encontram, tentando encontrar algo que possa ser comido ou vendido:









Em São Vicente, Colombia, uma criança aguarda o próximo cliente. Milhões de crianças são vítimas de exploração sexual em todo o mundo. A cada ano, um milhão e duzentas mil crianças são vítimas de tráfico e venda. Apenas no Brasil, cem mil meninas são submetidas à prostituíção. O filme Anjos do Sol aborda a cruel realidade que cerca o tema. Dentre tantas histórias tristes, está a da pequena menina apelidada de R$0,50, por ser este o preço que cobra por programa:








Congo, África Central

A avó de Chantis Tuseou, de nove anos de idade, estende a mão para a sua neta, gravemente desnutrida, que aguarda atendimento num posto de saúde nos arredores de Kinshasa. Estima-se que 55% das mortes de crianças no mundo, estão associadas a desnutrição, a fome que delibita lentamente:












A Organização Mundial de Saúde estima que 10 milhões de crianças estão vivendo nas ruas do Brasil, muitas delas tem laços familiares, mas passam a maior parte do tempo nas ruas, pedindo esmola, vendendo coisas de pouco valor, engraxando sapatos, limpando vidros de carros e, não raro, se envolvem em pequenos furtos. Outras vivem de fato nas ruas, dormindo em prédios abandonados, debaixo de pontes e viadutos ou em parques públicos. A maioria dessas crianças abusa da drogas, que as ajudam a matar a fome, a se aquecer e a fugir da realidade.

Que tipo de droga estamos tomando para nos esquivar dessa triste realidade?







Minha esperança é que, assim como essas imagens e fatos me reabilitaram, você também seja despertado e se torne sóbrio para mudar essa realidade. Quando alguém pergunta: “Se Deus existe, por que existe tanta maldade, fome e pobreza no mundo?” . Não é vergonhoso que nós, que somos a resposta, estejamos omissos e indiferentes?

“O oposto de amor não é o ódio, mas a indiferença!” (Érico Veríssimo)

Bette Midler: The Rose

Hoje ...









Hoje ouvi um Sim...

segunda-feira, 3 de março de 2008

O trabalho de cada um








No Ramayana, uma das grandes epopéias indianas, conta-se a história do príncipe Rama, um jovem cheio de virtudes.

A esposa de Rama, Sita, fora seqüestrada pelo perverso Ravana.

Ajudado por ursos e macacos, o valente Rama tentava construir uma ponte até à ilha de Lanka, onde viviam Ravana e a prisioneira Sita.

Os ursos carregavam pesadas árvores e os macacos traziam pedras.

Mas, não havia trabalho para um grupo de esquilos. Pequeninos, sem muita habilidade, eles apenas conseguiam pôr alguns grãos de areia na ponte que se formava.

Os esquilos faziam assim: molhavam-se na água e depois rolavam na areia.

Os grãos de areia grudavam no pêlo e eles corriam até à ponte. Ali, sacudiam a areia sobre a construção.

Narra a história que os outros bichos riam dos esquilos e desprezavam suas tentativas de colaborar.

E os esquilos se sentiam humilhados porque seus esforços não eram valorizados.

Alguém resolveu contar a Rama o gesto dos esquilos. Esperava que Rama também risse dos bichinhos ingênuos.

Venha vê-los,Rama, venha se divertir também com esses esquilos tolos!

Mas Rama observou os animaizinhos, que rolavam na areia, enquanto todos à sua volta haviam parado o trabalho para rir.

Gentilmente, ergueu um deles do solo. Acariciou-lhe a pelagem e disse,com amor:

Um dia, todos ouvirão falar sobre a ponte para Lanka. Louvarão o esforço dos ursos e dos macacos, mas eu sou grato a todos os que trabalham. E você, pequenino, tem minha eterna gratidão.

E, diante de todos que olhavam a cena, o príncipe Rama deu um presente ao esquilo.

Acariciou-lhe as costas e seus dedos ali deixaram três listras brancas.

Esta, pequenino, é a marca de minha gratidão, disse Rama.






Redação do Momento Espírita.
www.momento.com.br

domingo, 2 de março de 2008

Esperança











Quando alguém lhe disser que nao acredita no Futuro da Humanidade, mostrem e retenham este sorriso

do excelente blog http://lusofolia.blogspot.com/

sábado, 1 de março de 2008

Olhares......









"Mais valioso que o tesouro do cofre,é o tesouro do corpo,sendo que o tesouro do coração é o mais valioso de todos"

Nitiren Daishonin

Regarde bien petit, regarde bien






Regarde bien petit, regarde bien
Sur la plaine là-bas
A hauteur des roseaux
Entre ciel et moulin
Y a un homme qui vient
Que je ne connais pas
Regarde bien petit, regarde bien

Est-ce un lointain voisin
Un voyageur perdu
Un revenant de guerre
Un montreur de dentelles
Est-ce un abbé porteur
De ces fausses nouvelles
Qui aident à vieillir
Est-ce mon frère qui vient
Me dire qu'il est temps
D'un peu moins nous haïr
Ou n'est-ce que le vent
Qui gonfle un peu le sable
Et forme des mirages
Pour nous passer le temps

Regarde bien petit, regarde bien
Sur la plaine là-bas
A hauteur des roseaux
Entre ciel et moulin
Y a un homme qui vient
Que je ne connais pas
Regarde bien petit, regarde bien

Ce n'est pas un voisin
Son cheval est trop fier
Pour être de ce coin
Ou revenir de guerre
Ce n'est pas un abbé
Son cheval est trop pauvre
Pour être paroissien
Ce n'est pas un marchand
Son cheval est trop clair
Son habit est trop blanc
Et aucun voyageur
N'a plus passé le pont
Depuis la mort du père
Ni ne sait nos prénoms

Regarde bien petit, regarde bien
Sur la plaine là-bas
A hauteur des roseaux
Entre ciel et moulin
Y a un homme qui vient
Que je ne connais pas
Regarde bien petit, regarde bien

Non ce n'est pas mon frère
Son cheval aurait bu
Non ce n'est pas mon frère
Il ne l'oserait plus
Il n'est plus rien ici
Qui puisse le servir
Non ce n'est pas mon frère
Mon frère a pu mourir
Cette ombre de midi
Aurait plus de tourment
S'il s'agissait de lui
Allons c'est bien le vent
Qui gonfle un peu le sable
Pour nous passer le temps

Regarde bien petit, regarde bien
Sur la plaine là-bas
A hauteur des roseaux
Entre ciel et moulin
Y a un homme qui part
Que nous ne saurons pas
Regarde bien petit, regarde bien
Il faut sécher tes larmes
Y a un homme qui part
Que nous ne saurons pas
Tu peux ranger les armes.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pensamento da semana

Amor













Amor é o sol que não cobra por seus raios.

É o ar que preenche todos os recipientes por dentro e por fora.

É o oceano que aceita todos os tipos de rios sem questionar suas origens.

É a árvore que não se vangloria ao dar sombra e abrigo e curva-se para oferecer seus frutos.

É a água do mar que dissolve as rochas da arrogância inflexível.

É a água doce do rio que mata a sede de todos que vêm na sua praia.

É o chamado do sábio que ama o que sabe e sabe o que ama.

(Brahma Kumaris)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

TE AMO






TE AMO
PAGLIARO

Te amo, te amo
Te amo, de una manera inexplicable,
De una forma, así inconfesable
De un modo contradictório
Te amo...te amo
Con..mis estados de animos que son muchos
y cambian de humor continuamente
Por lo que sabes, el tiempo, la vida, la muerte
Te amo
Te amo con el mundo que no entiendo
con la gente que no comprende
con la ambivalencia de mi alma
con la incoerencia de mis atos
con la fatalidad del destino,
con la conspiración del deseo,
con la ambiguidad de los hechos
Te amo...te amo...te amo...
Aun cuando yo digo que no te amo
te amo...



hasta cuando te engaño...no te engaño
y en el fundo yo rogo algun plan
para amarte mejor
pues, aun que no lo creas
mi piel extraña enormemente la ausencia
de tu piel...

Te amo...te amo...así sin reflexionar
inconscientemente, irresposablemente
expontaneamente, involuntariamente
por instinto, por impulso, irracionalmente
en efecto, no tengo argumentos logicos
ni sequiera improvizados
para fundamentar este amor que siento...por ti
que surgió, misteriosamente de la nada
que no hay razón ton nada magicamente
e que milagrosamente ya poco a poco,
con poco y nada ha mi jurado...lo peor
lo peor de mi
Te amo te amo
con un cuerpo que no piensa
con un corazón que no razóna
con una cabeza que no coordina
Te amo te amo
inconvensiblemente
sin preguntarme porque te amo
sin importarme porque te amo
sin questionarme porque te amo
sensiblemente porque te amo
yo mismo no se yo mismo no se porque
porque te amo...te amo..te amo...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

For Nuno Cabruja




"Serenidade também pode ser um longo rio tranquilo, ladeado de açucenas.A linha do equilíbrio, os voos mansos . A esperança e confiança nos dias , com que esse doce olhar de menino nos desafia."


S.E.R.E.N.I.D.A.D.E



Fui buscar ao Blog do Nuno, um Amigo com todos sonhos a Conquista de concretizar em Abraços de Amigos tb!!!

http://nunocabrujanodiaadia.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

QUEM DERA A PAZ...












Em Dezembro do ano passado, um professor meu me sugeriu que escrevesse alguma coisa sobre a guerra de Angola e mandasse para o blog dele. Disse a ele que esse tema, apesar de mais de 30 anos, ainda era doloroso pra mim mas quem sabe um dia esse texto viesse com mais naturalidade.


Desde domingo estou às voltas com esse texto que agora insiste em ser escrito. É como uma APELO À PAZ. Não sou escritora, apenas essa necessidade agora de falar sobre a Guerra/Paz, pelo olhar de quem já passou por uma e encontrou agora a outra. Queria compartilhar com meus amigos, não a dor mas a alegria de saber reconhecer que passou!

Com carinho

Guidha



QUEM DERA A PAZ...

- Guidha Capelo -

Quem dera os povos despertassem com consciência

e distinguissem a leveza da Paz, da dor da guerra...

Quem dera não houvesse mais necessidade

De mensageiros nem embaixadores da Paz...


Quem dera acabassem as manifestações

Tratados e canções pela Paz

Por ser ela, uma realidade...


Quem dera acabassem os interesses escusos,

bélicos, frios que desabam em guerras...


Porque

Quem passou por uma guerra,

Mesmo que não tenha sangrado,

Saiu aos pedaços, dilacerado,

Jamais se esquece... Jamais apaga...


É uma viagem sem volta!

Um pedaço que fica,

Lembranças que martelam,

Uma história obrigada a findar,

Um naco de alma que apodrece!


Ninguém sai inteiro,

Ninguém é mais Alguém!

Perdem a identidade, as raízes.

E como diz uma amiga de angola*:

"...por vezes parece que paramos no tempo

ficamos presos a um passado

que está colado na pele"...

Demora-se a recuperar o brilho,

A luz do olhar...


Eu,

Eu demorei uma vida inteira

Pra sair da escuridão,

Andei pela vida... Não vivi!

Fui como uma vela acesa

Que eu deixei arder...


O vazio de informações foi minha saída.

A ausência de lembranças me fortalecia...

E assim fui apagando um pedaço de minha vida...


Tem vezes que me torturo perguntando:

Quando é que nós, humanos, vamos entender

Que toda a guerra é uma inconcebível loucura?

A maioria dos humanos sabe,

Mas são manipulados por uma minoria que se impõe

Na defesa de seus interesses.

Quando vamos tomar coragem e dizer NÃO???


Por acaso alguém consegue quantificar

O potencial humano que uma guerra joga fora???

Podem dizer que quantidade de órfãos, viúvas e mutilados,

Provocam a demência de uma guerra?

Têm noção de quantas famílias se separam, se perdem,

Quantos sonhos destruídos e o mal que fazem a um país?


... e a mim, ainda uma menina,

Que chorei lágrimas amargas por ter sido separada

De minha família, de meus amigos, de minha história,

E nos perdemos dentro desta diáspora...

Perdendo-nos nessa insanidade que foi a guerra...???


Ninguém me perguntou se eu queria viver isso...

Que eu saiba, nunca houve um plebiscito para o povo decidir

Se vai ou não vai querer uma guerra...

Durante anos, vaguei no vazio, depois senti revolta,

mágoa, desespero, de novo vazio, solidão, solidão...

Alguém me perguntou se queria sentir isso???


Mas cada lágrima vertida foi me lavando, me iluminando...

Me tirando o aperto em meu coração...

Hoje consigo perdoar, consigo ter vontade de voltar.

porque o melhor de nós ficou lá...

Os grilhões que me prendiam à dor, se quebraram,

Hoje sinto vontade de ajudar a recuperar meu país...


Por isso eu sempre digo:

Quem dera a palavra "guerra" virasse

Uma palavra perdida num dicionário velho,

Ou uma página num livro de História Antiga...

de nossos antepassados...


Guidha Capelo

Fev 2008

(*Rosarinho)




Nao resisti e fui buscar a este cantinho mágico, onde as vezes vou mergulhar a alma

http://www.muitoalemdemim.blogspot.com/

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Amizade....










"A amizade é, acima de tudo, certeza - é isso que a distingue do amor."

Marguerite Yourcenar

Aproveitar o momento













É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas
estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam
de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração,
pois a vida está nos olhos de quem saber ver.

Gabriel Garcia Marquez

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Amor sem limites






"O Amor começa nas coisas mais pequenas...
E pode começar no dia
em que pela primeira vez fazemos confidencias com alguem
ou quando a gente ajuda quem precisa de nos.
[...]O Amor é um sentimento feliz
que fica no coração
por toda a Vida"

Grande Abraço Nunooooooooo e Pam, Parabéns pela vossa liçao de Vida!!!!


http://nunocabrujanodiaadia.blogspot.com/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Edith Piaf - Non, je ne regrette rien (1961)





"Cada homem vai até ao interior da terra e até ao âmago do céu."

Raúl Brandão

Um Amor Especial











Quando Jéssica veio ao mundo, trazia a cabeça amassada e os traços deformados, devido ao parto difícil vivido por sua mãe.

Todos a olhavam e faziam careta, dizendo que ela se parecia com um jogador de futebol americano espancado.

Todos tinham a mesma reação, menos a sua avó. Quando a viu, a tomou nos braços, e seus olhos brilharam. Olhou para aquele bebê, sua primeira netinha e, emocionada, falou: "linda."

No transcorrer do desenvolvimento daquela sua primeira netinha, ela estaria sempre presente. E um amor mútuo, profundo, passou a ser compartilhado.

Quando a avó recebeu o diagnóstico, anos depois, de mal de alzheimer, toda a família se tornou especialista no assunto. Parecia que, aos poucos, ela ia se despedindo. Ou eles a estavam perdendo.

Começou a falar em fragmentos. Depois, o número de palavras foi ficando sempre menor, até não dizer mais nada.

Uma semana antes de morrer, seu corpo perdeu todas as funções vitais e ela foi removida, a conselho médico, para uma clínica de doentes terminais.

Jéssica insistiu para ir vê-la e seus pais a levaram. Ela entrou no quarto onde a avó nana estava e a viu sentada em uma enorme poltrona, ao lado da cama.

O corpo estava encurvado, os olhos fechados e a boca aberta, mole. A morfina a mantinha adormecida.

Lentamente, Jéssica se sentou à sua frente. Tomou a sua mão esquerda e a segurou. Afastou daquele rosto amado uma mecha de cabelos brancos e ficou ali, sentada, sem se mover, incapaz de dizer coisa alguma.

Desejava falar, mas a tristeza que a dominava era tamanha, que não a conseguia controlar. Então, aconteceu...

A mão da avó foi se fechando em torno da mão da neta, apertando mais e mais. O que parecia ser um pequeno gemido se transformou em um som, e de sua boca saiu uma palavra: "Jéssica."

A garota tremeu. O seu nome. A avó tinha 4 filhos, 2 genros, uma nora e seis netos. Como ela sabia que era ela?

Naquele momento, a impressão que Jéssica teve foi que um filme era exibido em sua cabeça. Viu e reviu sua avó nos 14 recitais de dança em que ela se apresentou.

Viu-a sapateando na cozinha, com ela. Brincando com os netos, enquanto os demais adultos faziam a ceia na sala grande.

Viu-a, sentada ao seu lado, no natal, admirando a árvore decorada com enfeites luminosos.

Então Jéssica olhou para ela, ali, e vendo em que se transformara aquela mulher, chorou.

Deu-se conta que ela não assistiria, no corpo, ao seu último recital de dança, nem voltaria a torcer com ela pelo seu time de futebol.

Nunca mais poderia se sentar a seu lado, para admirar a árvore de natal. Não a veria toda arrumada para o baile de sua formatura, ao final daquele ano.

Não estaria presente no seu casamento, nem quando seu primeiro filho nascesse.

As lágrimas corriam abundantes pelas suas faces. Acima de tudo, chorava porque finalmente compreendia como a avó havia se sentido no dia em que ela nascera.

A avó olhara através da sua aparência, enxergara lá dentro e vira uma vida.

Então, lentamente, Jéssica soltou a mão da avó e enxugou as lágrimas que molhavam o seu rosto.

Ficou de pé, inclinou-se para a frente e a beijou.

Num sussurro, disse para a avó: "você está linda."

...............................................

Se desejas ensinar a teu filho o que é o amor, demonstra-o. Não lhe negues a carícia, a atenção, a palavra.

O que faças ou digas é hoje a semeadura farta de bênçãos que o mundo colherá, no transcurso dos anos dos teus rebentos.

E o mundo te agradecerá, por teres sido alguém que entregou ao mundo um ser que saiba amar, de forma incondicional e irrestrita.


Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. "Linda", de autoria de Jéssica Gardner, do livro Histórias Para Aquecer o Coração dos Adolescentes, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Kimberly Kirberger, ed. Sextante.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Fala-me de Amor












" Ele atirou-me um beijo.
Inesperadamente.
E eu...Bem eu , apressei-me a agasalhar o beijo.
O beijo sentiu-se tao bem acolhido, e tao abrigado do ventinho que soprava, que se deixou ficar e aconchegou-se muito aconchegadinho até a passar a fazer parte de mim.
Ele chamava-se Armor.
Eu chamava-me Felicidade"


Retirado deste cantinho do Nuno

http://nunocabrujanodiaadia.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Há dias assim....









…chora-se. Há dias que não correm bem, e não interessa a idade que temos

Quando vieres








... Quando vieres, não batas à porta.
Entra.
Entra, como se a eternidade viesse do passado.

Olga Roriz

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

La mama





"Quando vier a saudade, lembrarei as tuas palavras, os teus olhos
e o teu riso.
Talvez, então, eu deixe de querer regressar ao que nunca fui.
Há distâncias impossíveis de vencer com apenas dois pés.
E se, entretanto, alguma vez voltar a ouvir o meu nome na tua boca,
pode ser que te pergunte… ainda te lembras de mim?
Até lá, vou cantando uma só canção."

"Toques" de Amizade











"Je ne pouvais rien voir avec indifférence;
Mes yeux étaient frappés d’un papillon nouveau:
Cet insecte, disais-je, est sorti du tombeau,
De sa cendre féconde il tire un nouvel être;
La nature à tous deux nous permit de renaître (…)

(…) J’allais me pénétrer des rayons de l’aurore;
j’allais jouir du jour avant qu’il pût éclore:
j’étais pressé de voir, pressé de me livrer
au plaisir de sentir, de vivre, et d’admirer."

Saint-Lambert

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Um dia de cada vez....








Um dia de cada vez, sem olhar o calendário, sem olhar o espelho, sem olhar a natureza quieta, com a vida de mansinho a fervilhar por dentro dos troncos sem folhas.

Só a cadela além, do outro lado da rua, presa na corrente pesada, deitada de costas, a colher o calor do sol sobre o cimento, de patas erguidas. Aqui a toalha estendida no varal, a toalha bordada pela Mãe, as flores coloridas num desenho irregular sobre os quadrados do adamascado cru. Os guardanapos. O saco do edredão que faz esquecer os lençóis de bilros que não se usam mais. As azeitonas que restam, algumas ainda verdes. A magnólia cheia de promessas. A abóbora feia, torta, que ao primeiro golpe acende uma coloração de gema de ovo esplendorosa.

O silêncio da hora da sesta.

Não sei se o destino existe. Não sei também se somos nós que o determinamos, seja ele qual for. Sei que somos nós que escolhemos os destinos nas encruzilhadas da vida. E são tantas. A senda que nos parece certa numa determinada altura, porque a mais fácil, a mais plausível, a mais natural, foi um logro. Mas percorreu-se. Nem vale a pena voltar para trás, apenas procurar uma nova encruzilhada e arrepiar caminho. Olhar o trilho do sol e enquadrar o novo espaço com o nascente e o poente. Olhar os seres que cruzam os céus, os mares, ver como seguem a rota dos seus antepassados. Quem sou eu? Partir de onde vim e aprender com o que já percorri. Quero o fulgor do sol? O calor do deserto? A alvura da neve?

Bater as asas e deixar-me levar pelas correntes, dissolver-me no azul. Do céu. Do mar. Perder o horizonte.

Passar para a outra dimensão.

Jawaa

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

filarmónica gil......deixa-te ficar na minha casa






"A vida é uma espécie de corredor que percorremos sem cessar. Por onde passamos fica um pouco de nós. Aquele pedaço que não trazemos e cuja perda sentimos tanto. (...) É muita coisa feita de muito tempo."

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Enquanto houver Amizade




"Somente o homem
Pode o impossível:
Só ele distingue,
Escolhe e julga;
E pode ao instante
dar duração"


Excerto de "O Divino" Goethe, Frankfurt am Main, 1749-1832

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

GEOGRAFIA











Do meu lugar não há registos
nem mapas
nem retratos.

Para falar dele terei de mencionar
um raio de sol manso
a nascer na transversal
das tábuas do soalho.

O meu lugar é a pura geografia.
Sem o sítio.
Mais o sítio.
Continente doce onde se inscreve
o pão de cada dia
e a mecânica dos ossos a ranger.

No meu lugar
a primavera nasce
suave e rumorosa
suspensa sobre pétalas de luz.
Cada pequeno animal
sai da pedra que o protege
e corre pelo seu mundo que é também o meu mundo
e leva os meus olhos
e regressa com perguntas.

O meu lugar existe
porque existe uma andorinha a dançar
em seu redor
e tudo se torna verde e depois maduro
e há um sumo de laranja
que escorre dos lábios por volta do meio-dia.

No meu lugar há círculos abertos
e todas as poções intentam misturar-se
para que a voz do coração se torne
num ofício de ventos e de cravos.

O meu lugar
é tão belo.

É tão belo
e tão breve
o meu lugar.

Zé Fanha

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Liberté












Sur mes cahiers d'écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J'écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J'écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l'écho de mon enfance
J'écris ton nom

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J'écris ton nom

Sur tous mes chiffons d'azur
Sur l'étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J'écris ton nom

Sur les champs sur l'horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J'écris ton nom

Sur chaque bouffée d'aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J'écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l'orage
Sur la pluie épaisse et fade
J'écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J'écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J'écris ton nom

Sur l'absence sans désirs
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J'écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l'espoir sans souvenir
J'écris ton nom

Et par le pouvoir d'un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer
Liberté.

Paul Éluard - Poeta francês - (1895-1952)

Stop Genocid in Sudan


























A situação no Darfur, Sudão, é catastrófica. 400 mil pessoas inocentes, homens, mulheres e crianças, foram mortas. Outras dezenas de milhar foram raptadas e torturadas. Despoletar uma intervenção decidida da ONU e da União Europeia no sentido de fazer cessar as hostilidades, proteger os refugiados, criar condições para o seu regresso a casa e assistir as populações deslocadas, famintas e doentes, foi o objectivo de uma petição que decorrereu e que pretendeu recolher cerca de um milhão de assinaturas até 1 de Junho. É pouco, mas é um pequenino passo contra a indiferença e a barbárie.

www.europetition-darfour.fr.


http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?id_news=81635

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=277812

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A solidariedade contagia



"É preciso fazer da solidariedade fraternal um problema central. O egoísmo mostra-se certamente contagioso, mas a solidariedade pode sê-lo também."

Edgar Morin, filósofo


Para ti Nuno Num Abraço de Abraçar!!!!

Ajudemos o Nuno!


Quando estamos na plena posse das nossas capacidades físicas, esquecemo-nos da importância que tem andar, mover os braços e as pernas sem qualquer limitação.

O Nuno teve um azar na vida, por isso é importante que a sorte que ele tenha daqui para a frente se consubstancie na ajuda que lhe possamos dar!

Ninguém é obrigado a contribuir, mas deixem que vos lembre... um dia podem pegar no telefone e do outro lado alguém vos dar uma notícia quase trágica, ou até podem ser vós e os vossos sonhos se desmoronarem! Por isso apelo ao vosso bom senso, ao vosso coração, à vontade que dizem ter de viver num mundo melhor, de fazer renascer o SONHO.

O Nuno, é um exemplo, e se um grupo de pessoas puder ajudar pessoas como o nosso amigo, todos viverão melhor, todos poderão recuperar os sonhos que se foram num ápice. De outra forma, dando maios valor à vida.

Não se iludam, a vida vale apenas pelos momentos de amor que demonstramos uns aos outros, pelos afectos, pela ajuda desinteressada!

Eu ajudarei o Nuno com um depósito simbólico sempre que o puder fazer. Se todos fizermos o mesmo, passa de simbólico a ajuda REAL e a provocar-lhe um sorriso. Depois vários sorrisos, depois... ah depois, há vida e isso está para além de todos os problemas físicos que se arranjam pela vida fora!

Força NUNO!

Aqui o blogue do Nuno, passem por lá, dêem-lhe o que de melhor gostavam de receber para vocês:

Nuno Cabruja

domingo, 27 de janeiro de 2008

nunocabruja um exemplo de Vida









"Sempre aprendemos a ser o que somos olhando para os outros. Não é preciso escondê-lo."


Vasco Prazeres, médico, in revista "Notícias Magazine", 13.09.98


Um grande beijo no coraçao Nuno!!!!



http://nunocabruja.blog.pt/

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Crianças









"Dia e noite
as notícias estão chegando
telegráficas e sensacionais
dos confins do mundo.

- Sobre destroços de casas e de árvores
crianças chinesas boiando à deriva
na corrente do rio Amarelo transbordado!

- Poliomielite grassando
nas províncias argentinas!

- Socorro tratamento urgente
para o menino das montanhas dos Abruzos
perdendo a vista pouco a pouco!

- Agasalhos abrigos alimentos
para as crianças húngaras foragidas
do esmagamento e das labaredas soviéticas!

Dia e noite
as agências dos jornais estão telegrafando
a rádio espalhando o alarme

Organização Mundial da Saúde
Cruz Vermelha
Cáritas
Exército de Salvação
estão providenciando
estão salvando as crianças

Quermesses
rifas
leilões
tômbolas
a favor das crianças
chinesas
argentinas
italianas
húngaras
sob o patrocínio de damas importantes
louvadas depois nas revistas ilustradas
com fotografias em ectacrome evidenciando
colares e cruzes
fulgindo nos decotes.

Há também as crianças pobres
do povo das nossas Ilhas
mas é um caso apenas
sem importãncia nenhuma
e ninguém sabe
ninguém dá por isso.

Temos também aqui
crianças sem roupa
sem lar e sem pão
crianças tuberculosas
sifilíticas
aleijadas
paralíticas
cegas
leprosas
sem remédios
sem escolas
sem brinquedos
levando cargas à cabeça
por caminhos longos e ásperos
que o rastro do povo deixou marcados
na terra endurecida e no basalto
dos descampados e dos montes
ignoradas crianças
dos bairros promíscuos
dos cais e das praias
da gafaria do Barbasco
crianças nuas rurais
(ficam escondidas com a sua nudez
atrás dos muros das estradas
e apontam curiosas a cabeça
para verem os automóveis que passam)
crianças nuas
dos portinhos de pesca
(ficam olhando dos areais para o mar
e nas minúsculas manchas ao largo
sabem distinguir um por um
os botes familiares).


Temos também as crianças
pobres das Ilhas
mas é um caso apenas
sem importância nenhuma
gota de água caída
no oceano vasto das crianças
chinesas
argentinas
italianas
húngaras

Ninguém sabe
ninguém dá por isso
a rádio não fala
os jornais não dizem
ninguém telegrafa."


"Crianças", Jorge Barbosa (1902-1971), in "Claridade", nº 8, 1958

Cancer







"O pensar constrói a sua morada no lugar mais modesto do sentir."

Vergílio Ferreira


Lembrei-me do Filipe!!!!

A Beleza














Não tens corpo, nem pátria, nem família,
Não tens curvas ao jogo dos tiranos.
Não tens preço na terra dos humanos,
Nem o tempo te rói.
És a essência dos anos,
O que vem e o que foi.
És a carne dos deuses,
O sorriso das pedras,
E a candura do instinto.
És aquele alimento
De quem, farto de pão, anda faminto.
És a graça da vida em toda a parte,
Ou em arte ,
Ou em simples verdade.
És o cravo vermelho,
Ou a moça no espelho,
Que depois de te ver se persuade.
És um verso perfeito
Que traz consigo a força do que diz.
És o jeito
Que tem, antes de mestre, o aprendiz.
És a beleza, enfim. És o teu nome.
Um milagre, uma luz, uma harmonia,
Uma linha sem traço...
Mas sem corpo, sem pátria, sem família,
Tudo repousa em paz no teu regaço.

Miguel Torga

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Racismo

Libertad













"Dame la libertad de volar sin sombra,

la libertad de cantar sin eco,

y de amar sin dejar rastro"
Sempre... una, Vivente
Hari

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Maria Luz Cortez














Mary Luz Cortez, de 5 anos de idade, está desaparecida desde 13 de Janeiro, quando saiu de casa para comprar guloseimas num quiosque a 30 metros de casa, nos arredores de Huleva.
A pequena Mary Luz vive com a familia em el Torrejón, um bairro dos arredores da cidade andaluza de Huelva e desde as cinco horas de ontem que se encontra desaparecida.

A menina saiu sozinha de casa para ir comprar guloseimas a um quiosque situado a cerca de 30 metros da sua casa e desde então não há notícias do seu paradeiro.A familia disponibilizou o telefone 655 15 91 67 (indicativo 0034) na esperança de obter informações e informa que a criança, com cabelos loiros e encaracolados e olhos castanho claro, e que também responde pelo nome de Maria, vestia uma saia tipo jeans e uma camisola rosa fucsia na altura do seu desaparecimento.

existem muitos outros meninos , que não voltaram para a casa


http://www.policiajudiciaria.pt/htm/pessoas_desaparecidas/sofia_oliveira.htm


http://www.policiajudiciaria.pt/htm/pessoas_desaparecidas/claudia_alexandra.htm



http://www.policiajudiciaria.pt/htm/pessoas_desaparecidas/rui_pedro.htm



http://www.policiajudiciaria.pt/htm/pessoas_desaparecidas/rui_pedro.htm



http://www.policiajudiciaria.pt/htm/pessoas_desaparecidas/madeleine.htm


http://www.policiajudiciaria.pt/htm/pessoas.htm

Ato pede libertação de menina espanhola desaparecida











22-01-2008 18:43:31
Ato pede libertação de menina espanhola desaparecida

Por João Prudêncio (texto) e Luís Forra (fotos), enviados da Agência Lusa

Huelva, Espanha, 22 jan (Lusa) - Cerca de 10 mil pessoas participaram de uma manifestação em Huelva (sul da Espanha) em solidariedade à família de Mari Luz, a menina de cinco anos desaparecida a 13 de janeiro, e pediram a libertação da criança.

O ato teve início pouco depois das 16h (14h, em Brasília) em frente à casa da família Cortez, no bairro residencial Torrejon, no norte da cidade, e foi encerrado próximo à prefeitura local, percorrendo algumas das principais ruas de Huelva.

A menina desapareceu em 13 de janeiro de um bairro residencial no norte de Huelva, depois de comprar um pacote de batatas fritas com um euro, em um quiosque a cerca de 100 metros da própria casa.

Apoio

Ajudando a segurar um enorme cartaz com o número de telefone da família, a mãe da menina, Irene Suarez, liderou a manifestação, que começou com algumas centenas de pessoas, mas foi aumentando durante o trajeto.

Auxiliados pela Polícia e pela Proteção Civil, que colocou cartazes com o rosto da menina nas viaturas, os manifestantes gritavam palavras de ordem como "libertem Mari Luz", "devolvam Mari Luz", "Mari Luz, venha depressa" e "Mari Luz querida, a Espanha está contigo".

Em entrevista à imprensa durante o ato, Irene Suarez agradeceu o apoio dos participantes e disse que estas manifestações "dão força para continuar na busca" pela filha. Ao lado de familiares, Irene Suarez afirmou ter esperança de que não seja "mais um caso de desgraça com crianças".

Ações de solidariedade aconteceram simultaneamente em 22 capitais de províncias espanholas, inclusive em Madri, que levou milhares de pessoas à Plaza Mayor.

http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=13355

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Um Estranho em Goa (excerto)




Agualusa, José Eduardo


«Estou alojado num casarão antigo, decrépito, cujas paredes, de um amarelo prodigioso, dir-se-iam perpetuamente iluminadas pelo furor do crepúsculo. Chama-se Grande Hotel do Oriente. Apenas o nome, gravado numa larga placa de madeira sobre a fachada em ruínas, guarda ainda o brilho do passado irrecuperável. Há por aqui em Goa, muita gente como este hotel. Os últimos descendentes da velha aristocracia católica ostentam nomes igualmente improváveis, tão portugueses que em Portugal existem mais, e fazem-no com o orgulho melancólico de quem tudo teve e tudo viu ruir e desaparecer. O povo, no entanto, usa-os sem entendimento, corrompe-os alegremente. (...)»

domingo, 20 de janeiro de 2008

Amnistia Internacional Portugal



Nem preto
nem um repto
nem gay
nem um fora da lei
nem me enojei
nem desviei o olhar
apenas me soube bem
ver apenas o cão entrar!!!

MM

sábado, 19 de janeiro de 2008

Carta à Fada dos Dentes












Olá querida Fada!

Sou o Duarte e tenho 8 anos.

Quando ler esta carta não diga nada em voz alta, a mamã não sabe de nada, o papá leva com o rolo da massa na cabeça se ela souber e depois eu fico triste... é que caiu o meu primeiro dente. O papá e a mamã disseram que 'foste um lindo menino, vais pôr o dentinho debaixo da almofada' e depois disseram que a Senhora me vai dar um presente. Mas não me deram a sua morada. Tive que falar com o Senhor que vem cá deixar as cartas que me disse saber onde a Senhora mora para que lhe leve esta mensagem.

Quero agradecer-lhe é muito boa a Senhora, o meu pai fala muito de si e a minha mãe pega no rolo da massa e bate nele quando fala de si, e eu fico com pena dele.

Olhe ele contou-me um segredo acerca de si... e olhe não quero moedinhas, a polícia diz que é proíbido jogar à moeda e depois levam-me para a prisão. O que eu quero mesmo é uma playstation com jogos de guerra!!! O papáe disse que se pedisse com jeitinho a Senhora me dava uma... por isso olhe! O meu dentinho de leite está aqui debaixo da minha almofada... ai que doeu tanto quando caiu... mas não diga nada à mamã que o pai dói-lhe a cabeça do rolo da massa...

Um beijo querida Fada e não se esqueça do meu presente!

Manuel Marques- Abril 21, 2007


http://manuelantoniomarques.blogspot.com/

A LIBERTAÇÃO DA BORBOLETA











A doutora Elisabeth Kübler-Ross, psiquiatra de origem suíça, especializou-se em doentes terminais.

Assistindo centenas de crianças que estavam morrendo, ela nos diz que devemos aprender a ouvir.

Ouvir o que a criança expressa verbalmente. E mesmo aquilo que ela transmite pela linguagem não verbal.

Crianças terminais, conta ela, sabem quando vão morrer. E precisam de algum atendimento especial. Atendimento que só o amor incondicional pode dar.

Falando de sua experiência, narra que conheceu um menino que aos nove anos se encontrava à beira da morte.

Portador de câncer, desde os 3 anos de idade, Jeffy nem conseguia mais olhar para as agulhas de injeção.

Tudo era doloroso para ele. No hospital, esperava a morte. O médico sugeriu que se iniciasse uma nova quimioterapia.

Mas o menino pediu: “quero ir para casa, hoje.”

Os pais optaram por lhe satisfazer a vontade.

Quando Jeffy chegou em casa, pediu ao pai que descesse da parede da garagem a sua bicicleta.

Durante muito tempo, seu sonho tinha sido andar de bicicleta. O pai a comprou, mas por causa da doença ele nunca pode andar.

A dificuldade era imensa, até mesmo para se manter em pé, então Jeffy pedalou a bicicleta com o amparo das rodinhas auxiliares.

Disse que iria dar uma volta no quarteirão e que ninguém o segurasse. Ele desejava fazer aquilo sozinho.

A médica que o acompanhava, a mãe e o pai ficaram ali, um segurando o outro. A vontade era de segui-lo.

Ele era uma criança muito vulnerável. Poderia cair, se machucar, sangrar.

Ele se foi. Uma eternidade depois, ele voltou, o homem mais orgulhoso que se possa ter visto um dia.

Sorria de orelha a orelha. Parecia ter ganho a medalha de ouro nas olimpíadas.

Sereno, pediu ao pai que retirasse as rodinhas auxiliares e levasse a bicicleta para seu quarto. E quando seu irmão chegasse, era para ele subir para falar com ele.

Queria falar com o irmão a sós. Tudo aconteceu como ele pediu.

Ao descer, o irmão recusou-se a dizer aos pais o que haviam conversado.

Uma semana depois, Jeffy morreu. E, na semana seguinte, era o aniversário do irmão. Foi aí que o menino contou o que tinha acontecido naquele dia.

Jeffy dissera a ele que queria ter o prazer de lhe dar pessoalmente sua amada bicicleta.

Mas não podia esperar mais duas semanas, até o aniversário dele, porque então já teria morrido.

Por isso, a dava agora. Entretanto, havia uma condição: que ele nunca usasse aquelas rodinhas auxiliares, próprias para crianças bem pequenas.

Quando os pais souberam de tudo, sentiram muita tristeza. Uma tristeza sem medo, sem culpa, sem lamentar.

Eles tinham a agradável lembrança do filho dando a sua volta de bicicleta pelo quarteirão.

E mais do que isso: o sorriso feliz no rosto de Jeffy, que foi capaz de conseguir sua grande vitória em algo que a maioria encara como comum.

* * *

Dizemos que uma pessoa é como o casulo de uma borboleta. O casulo é o que ela vê no espelho. É apenas uma morada temporária do ser imortal.

Quando esse casulo fica muito danificado, o ser o abandona.

É como a borboleta que se liberta do casulo.

Deixar o ser amado partir sereno, só é possível aos corações que amam de forma incondicional e verdadeira.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. O casulo e a borboleta (Jeffy), do livro O túnel e a luz, de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Verus.


www.momento.com.br

Chopin - Prelude 'Raindrops'




Partilhar-me em Chopin...
eu gosto!!!!

um pouco do que recebi e Aprendi de meu Pai em mim

abraços multiplicados!!!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Operário em Construção













"Era ele que erguia as casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.

De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão -
Era ele quem os fazia
Ele um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que a sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que o seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que os seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
'Convençam-no' do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras se seguirão
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que reflectia
Mas o que via o operário
O patrão nunca o veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objectos
Produtos, manufacturas
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisas que via
Misteriosamente havia
A marca da sua mão
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Como o mêdo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.


"O Operário em Construção", poema de Vinícius de Moraes, Rio de Janeiro, 1913-1980

Virtual Therapy for the Soul

http://www.bettertobless.com/movie3.html




...

quando me pergunto o que é o amor,

ouço no meu interior aquela voz que diz:

“o amor é ser con-tudo”.

como o eco no silêncio.

Daterra

A principal utopia













"A principal utopia é a liberdade porque o ser humano não se fez para ser livre mas para estar aprisionado dentro de si próprio."


Luís Osório, jornalista,in revista DNA

Liberdade 2008





http://www.20minutos.es/noticia/266937/0/rsf/china/libertad/

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Enternecidades













"O amor é capaz de ser um estado que o outro nos provoca de enternecimento com o mundo. A gente é que quer meter no saco do amor todas as nossas inseguranças, falhanços, desajustamentos...e chama a isso paixão."

António Alçada Baptista, ensaísta

Olhos no Darfur












Sensibilizar o mundo para as gravíssimas violações dos direitos humanos que vêm sendo - de há anos a esta parte e sem fim á vista - perpetradas na região do Darfur, no Sudão, é um dos objectivos que levaram a Amnistia Internacional a criar um site denominado Eyes on Darfur (Olhos no Darfur). Através das imagens de satélite disponibilizadas, é possível constatar o grau de destruição e do desastre humanitário que ali se vive e quais as aldeias mais vulneráveis aos ataques das milícias.
A finalidade premente desta campanha é prevenir mais ataques e pressionar o governo do Sudão para que permita o acesso àquela região de uma força de paz da ONU, medida na qual a comunidade internacional - nomeadamente, os países mais poderosos - nunca estiveram verdadeiramente empenhados em fazer cumprir...





http://www.eyesondarfur.com/